2012 foi ano de crise, parecido com 2009, diz Mantega

01/03/2013 às 11h28 6
Por Thiago Resende, Eduardo Campos e Leandra Peres | Valor
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira que o crescimento de 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2012 foi influenciado pelo baixo desempenho da agropecuária, causado pelo período de seca e chuvas no país, e da indústria, que “teve um resultado fraco”. Além disso, ele afirmou que o ano passado foi um ano afetado pela crise, a exemplo do que aconteceu em 2009, quando a economia teve retração de 0,3%.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante entrevista coletiva sobre o resultado do PIB de 2012
Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o país cresceu 0,9% no ano passado sobre 2011. O dado mostra uma desaceleração, já que em 2011, ante 2010, a economia teve uma expansão de 2,7%.
No acumulado de 2012, a indústria teve uma retração de 0,8% no PIB na comparação com o ano anterior. Agropecuária também apresentou retração no período – queda de 2,3%. Na contramão, o setor de serviços encerrou o ano passado com crescimento de 1,7%.
O resultado negativo da agropecuária, segundo o ministro, foi mais uma vez causado pelo clima. Mantega afirmou que 2012 “foi um ano de secas no Brasil e também de chuvas desiguais e isso prejudicou a atividade agropecuária, que ficou abaixo do esperado”.
O ministro comentou ainda que o segmento industrial teve um PIB fraco. A atividade de serviços, por outro lado, teve um desempenho positivo, reforçou.
Comparado com o trimestre anterior, o PIB dos três últimos meses do ano passado registrou um avanço de 0,6%, na série com ajustes sazonais.
Anualizando esse resultado, a economia está avançando 2,2%, afirmou Mantega, destacando que o crescimento de serviços “teve uma expansão anualizada de 4,4%”.
Pelo lado da demanda, o consumo das famílias cresceu 3,1% em 2012. Os gastos do governo tiveram expansão de 3,2% e a formação bruta de capital fixo (FBCF – que representa o investimento em máquinas e equipamentos e na construção civil) caiu 4% em 2012 sobre 2011.
Os dados do IBGE revelaram ainda que a taxa de investimento atingiu 18,1% do PIB no ano passado. Em 2011, o investimento representou 19,3% do PIB, e 19,5% no ano anterior. Essa taxa, portanto, vem baixando desde 2010.
No setor externo, as exportações cresceram 0,5%, segundo o IBGE. Do outro lado, o das importações, houve avanço de 0,2% em 2012.
(Thiago Resende, Eduardo Campos e Leandra Peres | Valor)
(Thiago Resende, Eduardo Campos e Leandra Peres | Valor)
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